quarta-feira, 12 de janeiro de 2005

Próxima parada: sampa

“Alguma coisa acontece no meu coração/que só quando eu cruzo a Ipiranga e a Avenida São João/ é que quando eu cheguei por aqui, eu nada entendia/da dura poesia concreta de tuas esquinas/da deselegância discreta de tuas meninas/Ainda não havia para mim Rita Lee e a tua mais completa tradução/Alguma coisa acontece no meu coração/que só quando eu cruzo a Ipiranga e a Avenida São João” (Sampa – Caetano).

Com os versos de Caetano, começo a ficar mais feliz pelo fato de, em breve, poder estar, novamente, nesta grandiosa e fantástica cidade que é São Paulo. Poder sair de casa e passear a pé pelos bairros de Perdizes, Barra Funda, Santa Cecília e Consolação, até chegar ao Vale do Anhangabaú, no centro, é uma das coisas boas que esta cidade me proporciona e que mais adoro fazer. Poder ver as pessoas num domingo de sol, passeando de bicicleta ou assistindo grupos de teatro popular que atuam ao ar livre nesse trajeto, é melhor ainda. Além disso, vou poder curtir de perto as peças dirigidas pelo Zé Celso – para mim, o maior diretor de teatro do Brasil – no Teatro Oficina. Aliás, acho que o Zé Celso merece um post exclusivo. São Paulo – como o Rio – é cidade síntese do Brasil. E ainda chego a tempo para comemorar os seus 451 anos.

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