quarta-feira, 31 de agosto de 2005

Cão sedento




Cena do filme


Galera, acontece em São Paulo desde o dia 25 de agosto o 16º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo. Ontem, prestigiei o filme "Cão sedento" de Bruno Sales (foto nº1), da turma de meus amigos paraibanos. Quem for simpatizante deste blog, eu recomendo assistir... O curta está no Portal Curtas. Depois de assitir, votem. Os três mais votados terão o direito de continuar no site e poderá ser visto e acessado a qualquer hora. Votem... É de excelente qualidade. Dá-lhe cinema paraibano!

domingo, 28 de agosto de 2005

Los Hermanos no coração que teima em bater...


Impressionante, belo, harmonioso, tocante... Com tantos adjetivos, confesso que ainda não tenho palavras pra descrever o novo disco de Los Hermanos, "Quatro". Passei esta última noite ouvindo cada faixa inúmeras vezes... Numa época em que o rock pop brasileiro anda tão lugar comum Los Hermanos tem feito a diferença. Já vi no site que farão show em São Paulo, logo. E quem está do outro lado do atlântico não pode perder. Se não conhecem é uma boa oportunidade. Farão show (ops! concerto) nos Açores (dia 04/09, Festival Angrarock), em Lisboa (dia 06/09, Club Lua) e Porto (dia 07/09, na Casa da Música que enfim, foi inaugurada). "Horizonte distante", "Sapato Novo", "É de lágrima", "Fez-se mar", "Pois é", são lindas e não me saem da cabeça, do ouvido e do coração (que teima em bater!)...

sábado, 27 de agosto de 2005

Ética americana e o espírito do capitalismo - Parte II

Taí no que deu. Bem que minha avó falava que reclamar só piora as coisas. E eu, um "menino a frente de seu tempo" adorava uma reclamaçãozinha. Deu no que deu. Os gringos yankees sequestraram meu último post e encheram de propaganda, provavelmente, enganosa. De novo, minha avó tinha razão... Depois de nove "comentários" quero ver quantos serão da outra vez, depois deste outro desabafo.

sexta-feira, 26 de agosto de 2005

Jazz and Blues







Meu amor pelo Jazz e Blues americanos tem aumentado despudoradamente. A América neste sentido é fantástica. Tenho ouvido, frequentemente, Billie Holiday, Nina Simone e Sarah Vaughan. Insistentemente. E aqui, isto significa dizer dias a fio, sem mudar a estação, deixando a alma leve e alegre, sem a marca das preocupações ou angústias que sempre rondam à nossa volta. E me reporto à figura de Sr. Antoine, um dos personagens de Sartre em seu livro "A náusea", quando, em um dos cafés que frequentemente passa as noites, pede para que ponham no gramofone a música "Some of these days". E de como aquilo bastava para que a náusea que sentia, a solidão, a rotina, a melancolia, o mal-estar (ah velho Freud!) desaparecesse. É uma cena tão linda! Vale a pena citar...

"Mais uns segundos, e a preta começará a cantar. Parece-me isso inevitável, tão forte é a necessidade desta música: nada pode interrompê-la, nada deste tempo em que o mundo se afundou; a música cessará por si própria, no momento preciso. Se gosto desta bela voz, é sobretudo por isso: não é pelo seu volume, nem pela sua tristeza, é que ela é o acontecimento que tantas notas prepararam, de tão longe, morrendo para que ele nascesse. E,todavia, estou inquieto; bastaria tão pouca coisa para fazer parar o disco: uma peça que se quebrasse, um capricho de Adolphe. Como é estranho, como é comovedor que esta insensibilidade seja tão frágil! Nada pode interrompê-la e tudo pode quebrá-la. Extinguiu-se o último acorde. No curto silêncio que segue, sinto intensamente uma mudança, sinto que alguma coisa aconteceu. Silêncio.

Some of these days
Youll miss me honey

O que acaba de suceder é que a náusea desapareceu".

quarta-feira, 24 de agosto de 2005

Fogo!!!


Perto do fogo

Perto do fogo, como faziam os hippies
Perto do fogo, como na Idade Média
Eu quero fumar minha erva
Eu quero estar perto do fogo
Fogo, fogo, fogo, fogo

Quando tudo explodir
Mas não vai explodir nada
Vão ficar os homens se olhando
Dizendo: "O momento está chegando"
Perto do fogo, meu amor, ai, ai, meu amor

Eu tava aqui pensando, pensando, pensando, pensando
No ano dois mil e vinte eu vou ter o quê?
Setenta e dois, setenta e três anos ?
Vai ser tudo igual, tudo tudo igual...
E não vai mudar nada
E não vai mudar nada

Perto do fogo
Eu queria tá perto do fogo
No umbigo d’um furacão
E no peito, um gavião

Perto do fogo
Eu quero tá perto do fogo
No umbigo de um furacão
E no peito, um gavião

No coração da cidade
Defendendo a liberdade
Eu quero ser uma flor
Nos teus cabelos de fogo
Quero estar no poder
Eu quero estar perto do fogo
Fogo, fogo, fogo, fogo...

(Rita Lee/Cazuza)


Que Coimbra incendeie com outros fogos...
E que potencialize muitas outras queimas...

domingo, 21 de agosto de 2005

Ética americana e o espírito do capitalismo

É fogo! Agora deu! Essa coisa não tem limite. Os gringos yankees assaltam meu blog pra fazer propaganda... Comentário que é bom, nada. Danou-se...

E a metamorfose continua...





Angeli

Livros, papéis por todos os lados, fitas para transcrever, várias xícaras de café...
Será que vou ficar assim depois da tese?

domingo, 14 de agosto de 2005

Miguel Arraes


Arraes Posted by Picasa

Morre Miguel Arraes. Mais uma personalidade de nossa história política que não deixa substitutos. Um mito brasileiro.

Minha querida Sampa

sexta-feira, 12 de agosto de 2005

O que todos esperavam ou O desabafo nº 1

Demorei, mas hoje não consigo deixar de abordar este assunto, neste espaço. A ausência não era expressão de despolitização, mas negação do sofrimento. Ah, Freud e seu princípio do prazer… E quem gosta de sofrer? Escrever era penoso. Mas depois percebi que podia ser bom. E comecei a conversar com meus amigos, pares e familiares. Faltava abordar aqui. Tentei, tentei, tentei e… Enfim! Foi sofrido, mas... Parece pesadelo ou coisa parecida. Um balde de água fria na força e alegria de estarmos – com dificuldades – mudando algo neste país. Estamos todos – filiados, simpatizantes, e todos aqueles que ajudaram a construir o PT e acreditou, gestou, sonhou com uma sociedade nova, com um novo modelo econômico e social – estamos todos perplexos com as denúncias de corrupção, da compra de votos, do chamado mensalão… E não consigo perceber o porquê de tudo isso. Porque alguns poucos se acham autorizados a fazer aquilo que nunca nem passou pela cabeça dos militantes? A cada dia, uma surpresa. Inclusive da podre e oportunista oposição que farisaicamente posa de justa e santa. Aqueles urubus do poder que nunca construíram nada para o povo brasileiro e sempre foram custeados por ele. Essa elite conservadora que agora finge ser a solução para a lama de corrupção que está escancarada em nosso país. A crise é grande e os responsáveis por esta estupidez – no PT – devem ser punidos severamente. Expulsão imediata para os responsáveis. Não autorizamos ninguém a fazer isso. Me sinto péssimo. Querendo alguma explicação que seja viável ou minimamente razoável. Mas não existem explicações para este tipo de coisa. Agora, não admito também que aquelas pessoas que nunca fizeram nada pelo país fiquem criticando o partido cinicamente. Até porque o PT não é isso que está posto. Sou petista e não sou corrupto. Como a grande maioria. E portanto acredito que ele – a partir desta triste crise – aprenda de vez todas as lições. Refundação ao PT com os mesmos critérios e valores que o fundaram. Já! E, portanto, ainda acredito. Não sou louco: eu acredito! Hoje Lula falou a todos nós. Falou dos ganhos na economia, da queda do desemprego, fez um balanço de seu governo. Disse que todos sentem o quanto o país melhorou desde que assumiu. Em grande parte é verdade. O país tem uma outra cara no cenário geopolítico. É mais respeitado, ouvido. Quer ser modelo de experiências que se desenvolvem nos âmbitos cultural, social e político. E estão acontecendo várias e diversas . Mas não era isso que queríamos ouvir, não era isso que estava em questão. Na segunda parte de seu discurso, falou que não estava alheio à crise política e disse que ele, mais do que ninguém, quer ver tudo apurado. Disse que se sentiu traído por alguns de seus aliados que não tinha conhecimento do que se passava e pediu desculpas – pelo PT e por erros do governo. E confesso que precisava ouvir isso: para – ainda – poder defender este governo tão sonhado e gestado coletivamente como os grandes sonhos humanos. Hoje não aguentei. Saí da frente do computador e fui andar, por aí, refletindo, sentindo meu coração, meus desejos e pensamentos; saí cantando como que numa prece para que tudo isso acabe logo. E desabei.

Hoje na Folha de São Paulo, artigo de Maria Rita Kehl. Fantástico.

quarta-feira, 10 de agosto de 2005

Ocean's eleven brasileiro




Foi de deixar Brad Pitt e George Clooney diminuídos e sem jeito frente às suas performances. O Banco Central em Fortaleza (CE) foi roubado por uma quadrilha que se instalara à sua frente numa pequena casa. E... construíram um túnel que levava ao cofre cheio de din din... Resultado: 150 milhões roubados num golpe de mestre. A população da cidade já faz fila pra conhecer o lugar que virou turístico e afirma, categoricamente, "foi coisa de cinema".

As palavras e as coisas

Nem é tão novo esse discurso. Desde que o neoliberalismo entrou em nossas casas, nosso cotidiano, regulando nossas vidas e impondo a lógica do mercado às outras esferas sociais, tenho ouvido constantemente no noticiário um economês digno de nota. Foi quando eu percebi que o mercado tem vida, alma. Já não bastassem as frases: “o mercado está nervoso” ou “as bolsas em alta fizeram a alegria do mercado”, hoje tive que ouvir a explicação acerca da valorização do real frente ao dólar: “(…) na verdade as duas moedas estavam no limiar da barreira psicológica”. E se torna urgente a renovação da psicologia, agora, para entender a subjetividade do mercado. E confesso que não sei se prefiro a sua histeria ou a sua depressão.

O blog e a viagem


E, de novo, a ausência de posts neste maravilhoso blog é expressão de minhas andanças. Ao viajar esta semana, fiquei impossibilitado de escrever… E a charge de domingo? Bem, esta vem hoje, atrasada.

PS.: Se não conseguirem ler/perceber a charge é só clicar em cima.

terça-feira, 2 de agosto de 2005

HQs na tela e no palco


Em São Paulo estão na tela e no palco duas histórias fantásticas
transpostas das Histórias em Quadrinhos. A primeira, na tela. Dirigido por Robert Rodriguez, "Sin City" é um filme absolutamente fantástico. Retirado dos quadrinhos de Frank Miller, "Sin City" aposta num roteiro simples e numa estética quase inovadora. O ritmo, o contraste do PB com pinceladas de cores em todo o filme, a caracterização e vivacidade dos personagens e a atuação dos atores, transformam este filme numa bela surpresa. Com atuações impecáveis de atores como Benicio Del Toro, Clive Owen e Mickey Rourke e das atrizes Jessica Alba e Devon Aoki (a implacável Miho) este filme torna-se imperdível.



A segunda, no palco. O espetáculo "Avenida Dropsie", no Teatro do SESI, é uma boa pedida para quem gosta de um bom teatro. Inspirada na obra do cartunista, Will Eisner, a Sutil Companhia de Teatro criou a peça montada com flashes das histórias escritas pelo autor. Não há uma história central, mas pequenos flashes de várias histórias retiradas das célebres graphic novels como Nova York: A Grande Cidade (1987), City People Notebook (1989), Pessoas Invisíveis (1992) e Avenida Dropsie - A Vizinha (1995). Os atores são fantásticos e a cenografia (de Daniela Thomas) impressiona. Quem ainda não viu, corra!
É isso! Está dito!