segunda-feira, 26 de setembro de 2005
O Rio continua lindo!
Rio
Este fim de semana fui ao Rio. Para uma reunião no sábado o dia todo. Infelizmente nem deu para falar com os amigos cariocas. Mas enfim, quero voltar em outubro. E aí, a passeio. E o Rio continua lindo!
E viva o movimento feminista!
Outro dia olhando o fantástico blog "Encontros de terceiro grau", lembrei-me daqueles dias lindos de luta, intervenção, debates e conscientização em prol da descriminalização do aborto em Portugal. Só quem esteve lá para entender o que foi aquilo tudo: discussão na TV, manifestações, workshops com militantes dos movimentos sociais, artistas, enfim... E lembro-me do dia em que fui a Figueira da Foz... Quanta movimentação... Certamente, o movimento plantou uma esperança de uma sociedade mais igual no que diz respeito às questões de gênero nesse nosso mundinho tão sexista. E sentia uma grande alegria pelo fato deste movimento ser constituído por muitos amigos e amigas, militantes da "não te prives". A todas as pessoas que participaram fica a minha homenagem: Cris, Madalena, Paulo, Inês, Bruno, Hélia, João, Gil, Fernando, Magda... Enfim, a tod@s que participaram...
quinta-feira, 22 de setembro de 2005
Mundo Livre S.A.
Ontem, no show do Mundo Livre S.A... E Fred 04 continua muito - mas muito! - antenado com o mundo. Um dos expoentes do movimento "mangue beat", o mundo livre, fez com sua mistura de punk e samba um show maravilhoso, apesar da "Trama".
A música que os loucos ouvem (Mundo Livre S.A.)
This is not the music
This is not
Essa não é a musica
Que os arcebispos ouvem
Quando estão fornicando
Esta não é a música
Que as enfermeiras ouvem
Quando estão matando
Qual será esta música?
Quem ouve esta música?
Pra que serve esta música?
Esta não é a música
Que os jornalistas ouvem
Quando estão mentindo
Esta não é a música
Que os suicidas ouvem
Quando estão caindo
(Laing, Chessman... farão
música pop
Warhol, Kubrick ... farão
vídeo clips
Sandino, Marcos... milhões
de heróis se acotovelam em nossas
telas e nós os velamos em nossas
salas chupando balas).
terça-feira, 20 de setembro de 2005
segunda-feira, 19 de setembro de 2005
domingo, 18 de setembro de 2005
E cai a chuva...
sábado, 17 de setembro de 2005
Mais uma vez, o corpo...
De novo, o corpo! O corpo é pra se ver, se tocar. Com o corpo sentimos a nós mesmos e @s outr@s, experimentamos a vida em seu limite. Mas porque o corpo ainda hoje é motivo de polêmica? Ou melhor perguntando: porque algumas representações do corpo, ainda são motivos de polêmica? Duas notícias me fizeram pensar nesta questão.
A primeira: a grande discussão que acontece em Londres causada pelo artista Marc Quinn, autor da escultura de mármore que está em exposição na praça Trafalgar (no centro da cidade). A escultura intitulada “Alison Lapper Grávida” retrata Alison Lapper, artista plástica deficiente física com seus oito meses de gravidez. A imagem com 3,6 metros de altura é para Marc Quinn, uma homenagem à feminilidade, deficiência física e maternidade. Belo! Mas porque tanto burburinho? Porque é um corpo feminino? Porque é um corpo deficiente? Porque o corpo deficiente não pode ser também representado de modo artístico? E as desigualdades estão transpostas para o corpo...
A segunda: alguns jornais alemães criticaram o espetáculo “Os sertões” da companhia brasileira Uzyna Uzona que se apresenta no Volksbuehne em Berlim. Porquê? Acharam pornográfico. Muito nu! Eles não entenderam nada! A nudez de homens e mulheres na peça tem tudo a ver com a proposta de teatro de Zé Celso, talvez nosso mais importante diretor de teatro. Seu teatro antropofágico, orgiástico e oswaldiano é pura arte. E nessa montagem que, entre outras coisas, pensa e analisa a origem do povo brasileiro, tem mais sentido ainda. No limite, foi através do corpo que nos constituímos enquanto povo, misturado, miscigenado. E pornográfica é a sociedade que ele critica: desumana, voltada para o mercado. O mais engraçado é que um dos jornais mais críticos da peça (o Bild), tem todos os dias uma modelo nua na primeira página com uma legenda sempre insinuante. Quanta hipocrisia. Eles não entenderam a proposta libertária e humana de Zé Celso. Que pena! E tínhamos que prestar muito mais atenção ao que Zé Celso fala e faz…
A primeira: a grande discussão que acontece em Londres causada pelo artista Marc Quinn, autor da escultura de mármore que está em exposição na praça Trafalgar (no centro da cidade). A escultura intitulada “Alison Lapper Grávida” retrata Alison Lapper, artista plástica deficiente física com seus oito meses de gravidez. A imagem com 3,6 metros de altura é para Marc Quinn, uma homenagem à feminilidade, deficiência física e maternidade. Belo! Mas porque tanto burburinho? Porque é um corpo feminino? Porque é um corpo deficiente? Porque o corpo deficiente não pode ser também representado de modo artístico? E as desigualdades estão transpostas para o corpo...
A segunda: alguns jornais alemães criticaram o espetáculo “Os sertões” da companhia brasileira Uzyna Uzona que se apresenta no Volksbuehne em Berlim. Porquê? Acharam pornográfico. Muito nu! Eles não entenderam nada! A nudez de homens e mulheres na peça tem tudo a ver com a proposta de teatro de Zé Celso, talvez nosso mais importante diretor de teatro. Seu teatro antropofágico, orgiástico e oswaldiano é pura arte. E nessa montagem que, entre outras coisas, pensa e analisa a origem do povo brasileiro, tem mais sentido ainda. No limite, foi através do corpo que nos constituímos enquanto povo, misturado, miscigenado. E pornográfica é a sociedade que ele critica: desumana, voltada para o mercado. O mais engraçado é que um dos jornais mais críticos da peça (o Bild), tem todos os dias uma modelo nua na primeira página com uma legenda sempre insinuante. Quanta hipocrisia. Eles não entenderam a proposta libertária e humana de Zé Celso. Que pena! E tínhamos que prestar muito mais atenção ao que Zé Celso fala e faz…
quinta-feira, 15 de setembro de 2005
Imperdível!
Como resistir a uma linda voz, associada a um charme latino e alegre, uma expressividade de palco e uma história musical marcante? Ícone da música latino-americana e a representante feminina do "Buena Vista Social Club", Omara Portuondo se apresenta dia 17/09 na Via Funchal, aqui em São Paulo. Seu último cd "Flor de amor" é, com muita justiça, um dos indicados ao Grammy 2005. Este último cd conta também com a participação especial dos brasileiros: Carlinhos Brown, Marcos Suzano e Toninho Ferragutti. Omara: símbolo de latinidade e beleza, aqui, do lado. E confesso que não consigo parar de ouvir "Cienfuegos tiene su guaguancón" e "Silencio", com o imortal Ibrahim Ferrer. Imperdível!
Enfim, a final!
Enfim, a final! O que dizer? De três músicas que assinalei em post anterior (Lama, Achei e Contabilidade), duas ficaram entre as três melhores colocações. Confesso que não tinha certeza nenhuma de qual delas merecia o primeiro lugar. Torcia e só. Talvez, no fundo, torcesse para as três e pelos diferentes aspectos já mencionados. Mereciam. Mas mesmo que o meu desejo ou torcida não valham muita coisa na hora da decisão, quero registrar a injustiça com a música "Lama". Era tão alegre; um samba tradicional, clássico, que há algum tempo não ouvíamos. Paciência! E também devemos relativizar esses resultados... O público também faz suas escolhas e na minha percepção ela foi eleita. Pra mim, isso vale mais.
segunda-feira, 12 de setembro de 2005
A reconstrução da arte no início do milênio...
sexta-feira, 9 de setembro de 2005
Jacques Brel
Conheci Jacques Brel a partir de Loïc, um amigo francês que dividiu casa comigo em Coimbra. Quando de sua partida, me presenteou com um belíssimo cd duplo. Fiquei fascinado. E comecei a ouvir cotidianamente suas músicas... E reconheci clássicos, passei a procurar tudo o que era dele. Hoje, de madrugada, por acaso, baixei pela internet um clip seu cantando Amsterdam. Putz, como é lindo, visceral. Inicia cantando suavemente e termina como se fosse um cantor de rock. Sem ruptura grotesca nenhuma. Sua interpretação linda e perfeita não me sai da cabeça. E fui dormir às 04:00hs vendo repetidamente, como que hipnotizado, aquele clip. E precisamos de tão pouco para estarmos de bem com a vida...
domingo, 4 de setembro de 2005
Futebol e outras histórias
Confesso que depois deste jogo já fico esperando os comentários de meu amigo Bosco em seu blog "Futebol e outras histórias". Melhor que ele só Tostão.
quinta-feira, 1 de setembro de 2005
Se não pode vencer, junte-se a ele...
Confesso que acho ultrapassada a fórmula dos festivais de música para conceber novos talentos. E tudo o mais realizado nesse sentido se faz carregada de uma grande nostalgia e melancolia, sempre lembrando a experência dos festivais anteriores (alguns míticos) que revelaram e consagraram nomes como Chico, Caetano, Gil, Gal, Tom Zé e, já bem depois, Tetê Espíndola. Grandes nomes que - definitivamente - surgiriam com festival ou não. Considero mesmo um erro, com toda a diversidade musical e experimental que surge em todos os cantos do país, tentar dar visibilidade aos novos cantores e compositores através de uma experiência tão formatada, engessada e datada. E aqui venho falar do Festival da Cultura que se diz portador da "Nova Música do Brasil". E aqui nem quero criticar esta pretensão. Não merece. Nem vale a pena. O curioso que olhando o festival todos percebem que a "nova música do Brasil" é bem velha. Nada muito original no front e muita cópia mal feita de músicos e estilos consagrados. Mais engraçado é perceber que tem gente que participa de festival desde os anos 60. Bem, se fossem bons já teriam aparecido de alguma forma. Se a "nova música" for essa, estamos fritos. Mas estamos salvos. Tem muita gente boa fazendo coisas originalíssimas e que estão realizando e criando coisas fora destes espaços. Mas não quero ser injusto. Das 48 músicas, temos umas 10 muito boas. Hoje, na primeira semi-final, 5 tinham muita qualidade (Contabilidade, Achou, Lama, Sai da Cruz e Hotel Maravilhoso). Mas aqui quero realçar "Contabilidade" de Danilo Moraes e Ricardo Taperman, "Lama" de Douglas Germano (interpretada por Adriana Moreira)e "Achou" de Dante Ozetti e Luis Tatit (interpretada por Ceumar). Definitivamente, são excelentes. A primeira, por ter uma belíssima letra, mas principalmente, por ter originalidade musical. É desconcertante, de ritmo quebrado, não compassado, o que muito me atrai. A segunda, por ser um bom samba, honrando a tradição, que lembra os grandes tempos de Clara Nunes. A terceira, por ser uma música alegre, que dá vontade de dançar, pra cima. E demos os créditos: a família Ozetti e Tatit esbanjam talento. E a interpretação de Ceumar é uma coisa! Parece que a música foi feita pra ela. Fica o meu voto pra estas duas. E aí sugiro que ouçam. Clicando no nome de cada uma delas vocês entrarão na página onde tem os vídeos de cada interpretação. É esperar pra ver...
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