terça-feira, 7 de junho de 2005

L’Amour est mort


Chagall Posted by Hello

Ainda hoje lembro a cena: sem saber o que fazer abracei-a e parti. Sem muitas palavras. De longe via seu corpo, triste como o meu, pedindo para ficar e desaparecendo. Eu também desaparecia, chorando por dentro, soluçando, como um menino pedindo ajuda, desesperado. A vermelhidão do céu começava a reluzir na paisagem e quando percebi lá já não mais estava. Percorria a estrada, extensão de meu destino.
E ainda ficaram registrados em meu corpo – por muito tempo – todas estas sensações e lembranças: suas mãos suadas, o bater acelerado de seu coração, a marca de seu beijo molhado dado ansiosamente.
E toda vez que ouço “L’Amour est mort” de Jacques Brel, me vêem todas estas coisas.

Dedicado a Gil e seus pequenos contos.

Um comentário:

Gil Cunha disse...

Que querido :) Gostei muito desta dedicatória :) Tudo de bom para ti :) Bj**