Trabalho, luta e feriado

Trabalho, trabalho, trabalho... Preciso de férias urgente. Prova para corrigir, para elaborar, monografia para orientar, viagens de estudos... Imagino como estarei no final do semestre! Mas no meio de tudo isso existe uma grande empolgação e a percepção de que se você trabalha bem, os alunos vão longe. Mas não reclamo nenhum pouco do feriadão de agora. Estarei em casa, com uma bandeirinha vermelha na mão lembrando a luta... ;) E falando em luta, minha sintonia com o 25 de abril! Hoje e sempre lembremos esta data e, principalmente, aquilo que ela significa em termos de ideários e valores para nossa sociedade. 25 de abril sempre!

Lembranças às avessas...

Esse final de semana lembrei-me muito de Portugal: dos caminhos percorridos de norte a sul, da comida maravilhosa, dos muitos e muitos amigos... E lembrei-me dos Madredeus que me lembraram Zeca Afonso que me lembrou Amália que me lembrou Carlos Paredes. E lembrei-me de Eça que me lembrou Saramago que me lembrou Florbela Espanca que me lembrou Sophia que me lembrou Lobo Antunes. Lembro-me também do quanto fiquei fascinado com a obra deste último: Memória de Elefante, Os cus de Judas, A morte de Carlos Gardel... Epa, "A morte de Carlos Gardel"? Tenho a impressão de estar escrevendo o post errado. Porque para além de recordar o passado, neste final de semana acabei por planejar um pouquinho o futuro. Carlos Gardel me lembra Tango que me lembra Buenos Aires que me lembra que acabei de comprar as passagens... Eba! Em maio estarei em Buenos Aires: tango, livrarias, cafés e baladinhas. Porque para além da boa alegria do samba, é preciso um pouquinho da nostalgia vinda do tango para a elevação da alma...

Boa nova: estou de volta!

Chega de lero lero e vamos atualizar esse blog.
Depois de receber todas as broncas dos amigos por conta da ausência, está mais que na hora de contar as novidades todas para os meus amigos daqui e d'além mar. Dei uma parada no blog porque nesses últimos meses minha vida deu um giro de 360º e até eu conseguir me aquietar demorou um pouco. Contemos. Não estou morando mais em Sampa. Aquela cidade é tudo e sempre que posso (pelo menos uma vez por mês) vou lá para matar a saudade. Mas recebi uma proposta de emprego bem legal e não pensei duas vezes. Estou morando em Pato Branco, interior do Paraná, dando aulas numa faculdade. 4 disciplinas no curso de psicologia: primeiro, terceiro e quinto períodos. Cada turma um jeito diferente de ver o mundo. Uma experiência interessantíssima. Estar em sala de aula, de fato, é maravilhoso, apesar dos desafios diários: a preocupação em dar boas aulas, a preparação das mesmas, perceber cada aluno naquilo que ele tem de melhor, enfim...

Os projetos começam a sair do papel. Para além das aulas, vou começar um grupo de estudos sobre juventude com alguns alunos. Animador! Noutra turma, estamos estudando a intervenção da psicologia no campo da Saúde Mental: estamos viajando para conhecer algumas experiências de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e dia 18 de maio - dia da luta antimanicomial no Brasil - faremos um debate na universidade. Projetos na cabeça e muito trabalho pela frente. Também estou arrumando a tese para publicação. Próxima vez que for a Sampa vou na Editora Cortez - e noutras - conversar sobre isso. Existem algumas possibilidades.

Falando então da cidade. A cidade é pequena, mas já começo a me adaptar. Ela fica no sudoeste do Paraná, relativamente perto de Foz do Iguaçu. Estão vendo o mapa? Acho que dá pra ver a região: é essa bem embaixo, meio avermelhada. Deu pra ver??? Quem me conhece sabe como gosto de metrópoles. Mas duas coisas favorecem esse processo de ambientação: o fato de ter sido muito bem acolhido por todos e o próprio trabalho. É cansativo, viu? Chego em casa querendo cama. Mas final de semana me divirto, viajo, saio... Quanto às viagens, Curitiba, São Paulo e Buenos Aires são as próximas (não nesta ordem). Vamos comigo?

No mais, muitas saudades dos amigos. De todos: aqueles que foram morar em Salvador, aqueles de Brasília, de Sampa, Rio de Janeiro, João Pessoa, Floripa, Curitiba, Teresina... Nossa, são tantos. Mas saudades também de meus amigos pratrícios. Estou economizando para logo que puder ir aí visitá-los e tomar um bom vinho em Lisboa, Porto e Coimbra. Mas quero que venham cá também. Aliás, nem posso reclamar. Depois que voltei de Portugal, vários já me visitaram: Lívia, Sandrine, Rita, Eduardo, Carlos, André e Elísio que está fazendo uma experiência neste momento em São Paulo. Mas quero que outros venham.

É isso, meus amigos. Estou de volta! Pra ficar... Beijos a todos.