
Hoje, se estivesse viva, Elis Regina faria 60 anos. Num primeiro momento fiquei pensando como seria nossa música caso ela estivesse ainda entre nós. Que interpretações musicais ela nos presentearia? Que influências e caminhos sua música teria percorrido? Com quem da nova geração de artistas teria dividido o palco? Enfim! Mas depois pensei em tudo o que ela já nos ofereceu e... Putz! Ainda bem que ficaram muitos registros e quem não teve a oportunidade de acompanhar sua trajetória nos anos idos pode também se deliciar. Então comemoremos os 60, os 70, os 80, os 90...
"Agora o braço não é mais o braço erguido num grito de gol.
Agora o braço é uma linha, um traço, um rastro espelhado e brilhante.
E todas as figuras são assim: desenhos de luz, agrupamentos de pontos, de partículas, um quadro de impulsos, um processamento de sinais.
Agora retiram de mim a cobertura de carne, escorrem todo o sangue, afinam os ossos em fios luminosos e aí estou, pelo salão, pelas casas, pelas cidades, parecida comigo.
Um rascunho.Uma forma nebulosa, feita de luz e sombra.
Como uma estrela.Agora eu sou uma estrela".
(Fernando Faro - do álbum póstumo ELIS - TREM AZUL, de 1982)
Um comentário:
Pois é marquinhos! Só muito tarde comecei a ouvir a Elis (apesar de já a conhecer muito antes). Mas para sempre a guardo no coração e trago sempre música dela para me fazer companhia. abraços deste lado do mar.
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