Para retomar as atividades deste blog – que juro, será atualizado diariamente daqui por diante – presenteio-vos com este poema de Hilda Hilst. E também juro, não é uma espécie de mea culpa...
Não há silêncio bastante
Para o meu silêncio.
Nas prisões e nos conventos
Nas igrejas e na noite
Não há silêncio bastante
Para o meu silêncio.
Os amantes no quarto.
Os ratos no muro.
A menina
Nos longos corredores do colégio.
Todos os cães perdidos
Pelos quais tenho sofrido
Quero que saibam:
O meu silêncio é maior
Que toda solidão
E que todo silêncio.
(Roteiro do silêncio – Hilda Hilst)
sábado, 12 de fevereiro de 2005
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Um comentário:
Aprendi muito
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