Allan de Lana

"Finjam lamentar, meus amigos, pois os dentes só fingem morrer".

Um série do trabalho "dente" do artista Allan de Lana.

Porque é dos meus amigos mais recentes.

Porque viramos São Paulo de ponta a cabeça em novembro último.

Porque me fez uma bela surpresa hoje.

E porque amizade, de fato, não tem preço...

Allan, hoje o dia foi ensolarado: com direito a fotos cheias de saudade e camisa de arte cheia de carinho.

Muitíssimo obrigado!

453 anos

Porque com 453 anos, tão novinha assim, já me arrebatou de um jeito incrível. E chego a sentir falta do trânsito quando não estou aqui. Abaixo, uma poesia de um dos meus paulistanos preferidos, Mário de Andrade, sobre a cidade.

Canto de Regresso à Pátria

Minha terra tem palmares

Onde gorjeia o mar

Os passarinhos daqui

Não cantam como os de lá

Minha terra tem mais rosas

E quase que mais amores

Minha terra tem mais ouro

Minha terra tem mais terra

Ouro terra amor e rosas

Eu quero tudo de lá

Não permita Deus que eu morra

Sem que volte para lá

Não permita Deus que eu morra

Sem que volte pra São Paulo

Sem que veja a Rua 15

E o progresso de São Paulo.

(Mário de Andrade)

Walter Salles

Devo admirar muito Walter Salles a ponto de não conseguir gostar de nenhum texto que eu escreva sobre ele. Qualquer tentativa minha de falar sobre a figura torna-se tão repetitiva: parece que já falaram tudo! Papéis amassados aos montes dentro do cesto do lado da mesa. Me rendo! Tudo bem, fica o registro de que, desde que ele pôs Paco para se aventurar em terras lusitanas e o colocou junto a Alex naquela história pulsante de paixão e perigo, adoro muitíssimo seus filmes. Talvez abra uma exceção para Dark Water. Estou é por demais ansioso para ver na telona sua adaptação do mais famoso livro de Kerouac: "On the road". Porque, cá entre nós, no quesito road movie ele tem talento de sobra. Contagem regressiva para 2008.

ps.: sou teimoso: essa homenagem a ele vai rolar!

A carta de Dora

Amanhã, um post sobre Walter Salles. Hoje, uma das cenas mais lindas que já vi no cinema.

Evo Morales

Enquanto os senhores da guerra já não se envergonham em mostrar ao mundo as reais intenções da intervenção militar no Iraque (leia aqui) e fazem o comércio – perverso – lucrar com a morte de Saddam (leia aqui), a candidatura de Evo Morales ao Nobel da Paz é lançada por Adolfo Pérez Esquivel, já agraciado com o prêmio. A sua luta pela dignidade dos povos originários da Bolívia, o respeito à diversidade cultural e o cuidado ao meio ambiente, são algumas das razões para a indicação da candidatura.

Evo é hoje um forte símbolo de resistência e luta dos povos latinoamericanos e o maior representante dos povos indígenas - os mais pobres entre os pobres -, no sul deste hemisfério. Um alento nesse equilíbrio de forças em que a maioria das vezes, ganham eles. Quem quiser apoiar a iniciativa pode vir aqui.

2007, política e Coca-Cola

Enfim, chegou 2007: com ele, as esperanças de um mundo melhor, menos desigual. E depois da festa de reveillon - e sua conseqüente ressaca -, a certeza de que precisamos ficar muito mais atentos ao segundo mandato do governo Lula. Faço um enorme esforço para pensar que será diferente, mais popular. Sou otimista sempre! Mas juro que fico com um elefante atrás da orelha quando vejo a Coca-Cola imprimindo um selo comemorativo da posse de nosso presidente em suas garrafas. Tomara que isso não signifique e não seja indicativo de absolutamente nada! E antes de terminar segue a dica de um blog que vale a pena ser conferido: cama voadora.