quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

Um mês...

Esta semana faz um mês que voltei ao Brasil.
E parece que já passou tanto tempo.
Já fiz tantas coisas nas bandas do sul…
Já aconteceram tantas coisas nas bandas do norte…
Do lado de cá: Fui ao FSM, passei o Carnaval em Floripa, fiz várias entrevistas para minha pesquisa, consegui arrumar meu quarto…
Do lado de lá: Morte de Irmã Lúcia, Eleições Legislativas com direito a queda de Santana Lopes e Paulo Portas, lançamento do mais novo cd de Madredeus… (Ai Teresa Salgueiro!).
E continuo, ainda, muito fortemente ligado à Coimbra e a todas as pessoas que lá deixei. E penso que sempre estarei… De algum modo.
E vou celebrar tudo isso com vinho e caipirinha…

terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

Eleições em Portugal


Esperança renovada Posted by Hello

Confesso, não deposito tantas expectativas em José Sócrates, novo primeiro-ministro português. Mas, faço outra confissão: domingo, esse fato ficou totalmente secundarizado. Minha alegria era imensa ao ver que o ciclo Pedro e Paulo, enfim, acabou. E da melhor maneira possível. Pedro Santana Lopes e Paulo Portas desmoralizados com a lição/reação que o povo deu às suas peripécias no governo. Enfim, as coisas se conquistam aos poucos... E, definitivamente, a esperança se renova em Portugal.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005

Mistérios do mar


Terra estrangeira - Abril despedaçado Posted by Hello

Sempre gostei do mar.
Nasci perto dele e o tenho em meu nome.
É misterioso: ao mesmo tempo amedrontador e belo, ao mesmo tempo violento e possuidor de uma encantadora ternura. Em pelo menos dois filmes de Walter Salles ele aparece de maneira definitiva. No primeiro, Terra estrangeira, somente ele presencia o amor de Paco e Alex: no carro, na praia. Ele está lá, cúmplice, integrando a cena, de maneira a não ser mais preciso nada, nem diálogo. No segundo, Abril despedaçado, ele se torna signo de liberdade, do mundo desconhecido, da transgressão. Questionando a lógica da violência e tradição em que mora – marcada pela guerra entre duas famílias – Tonho procura rompê-la. Quebra um ciclo de mortes ao, impelido pelo pai a vingar a morte de seu irmão mais velho, renunciar esse papel. Para além daquele cotidiano e daquela comunidade, o desconhecido. Na última cena do filme, Tonho está em frente ao mar, que sempre desejou conhecer, liberto.
Hoje, lendo Sophia de Melo Breyner, que cito abaixo, lembrei disso tudo. De minha ligação com ele, das lembranças que ele me traz, de uma parte de mim...

As ondas quebraram uma a uma
Eu estava só com a areia e com a espuma
Do mar que cantava só pra mim.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005

Pedrinho e Paulinho


site: www.osputos.com Posted by Hello

Mesmo longe, venho acompanhando de perto as eleições para as legislativas em Portugal.
Aqui vai meu presentinho ao Pedro e Paulo.
Êta duplinha sem futuro...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2005

Te amaré y después ou E quase não dormi...


Klim Posted by Hello

Hoje passei a madrugada hipnotizado com as músicas de Silvio Rodriguez. Esse cantor cubano, definitivamente, é fantástico. O disco em questão: Rabo de nube. E viajei a noite inteira, sem conseguir dormir, mas feliz por estar ali, ouvindo e sendo acalentado por aquele som totalmente arrebatador. E ouvindo "Te amaré y después" me rendi. Sei que era tarde quando meu corpo, enfim, cedeu...

Te amaré y después

Te amaré, te amaré como al mundo
Te amaré aunque tenga final
Te amaré, te amaré en lo profundo
Te amaré como tengo que amar
Te amaré, te amaré como pueda
Te amaré aunque no sea la paz
Te amaré, te amaré lo que queda
Te amaré cuando acabe de amar
Te amaré, te amaré si estoy muerto
Te amaré el día siguiente además
Te amaré, te amaré como siento
Te amaré con adiós, con jamás
Te amaré, te amaré junto al viento
Te amaré como único ser
Te amaré hasta el fin de los tiempos
Te amaré y después, te amaré

(Silvio Rodriguez)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

Não te prives da festa



Hoje é dia de festa em Coimbra. Comemora-se o terceiro ano da Não te prives, ONG que luta por dar visibilidade às causas relacionadas à questão de gênero. Da luta pela legalização do aborto às bandeiras do movimento LGBT, a Não te prives tem redesenhado e oxigenado, a partir de sua articulação com outros movimentos, a práxis militante neste país, gestando, construindo e semeando novas práticas cidadãs. Para a Não te prives, tudo!!!

Genealogia da Terra ou Uma pequena homenagem a Dorothy


Irmã Dorothy Posted by Hello

O pai de todos: D. Hélder Câmara. Que gerou Josimo, que fez nascer Margarida Maria Alves, que deu luz a Chico Mendes, pai de Dorcelina, mãe das lideranças indígenas Chicão e Galdino, irmãos de todos os camponeses que morreram no massacre dos Carajás e de Irmã Dorothy, liderança da Comissão Pastoral da Terra, assassinada neste sábado por lutar por justiça e pela reforma agrária. Pessoas dignas de todo nosso respeito e reverência. Mas, sinceramente, basta! Não queremos mais mártires! Nos manifestemos já e exijamos justiça por mais essa barbárie.

sábado, 12 de fevereiro de 2005

Mais Hilda Hilst ou retornando à metrópole paulistana



O ruído das ruas
O ruído das casas
Todo dia.
O ruído das ruas
Que não passa
O ruído das casas
Todo dia.
O ruído interior
[O meu ruído
De vísceras e vida
Que não passa].
O meu pedido?
Esse ruído de amor
Que se desfaça.
(Do amor contente e muito descontente - Hilda Hilst)

Acerca do silêncio

Para retomar as atividades deste blog – que juro, será atualizado diariamente daqui por diante – presenteio-vos com este poema de Hilda Hilst. E também juro, não é uma espécie de mea culpa...

Não há silêncio bastante
Para o meu silêncio.
Nas prisões e nos conventos
Nas igrejas e na noite
Não há silêncio bastante
Para o meu silêncio.
Os amantes no quarto.
Os ratos no muro.
A menina
Nos longos corredores do colégio.
Todos os cães perdidos
Pelos quais tenho sofrido
Quero que saibam:
O meu silêncio é maior
Que toda solidão
E que todo silêncio.
(Roteiro do silêncio – Hilda Hilst)

Um pouquinho do paraíso


Praia do Rosa - Garopaba/SC - Carnaval 2005 Posted by Hello

Como já disse o poeta: uma foto vale mais que mil palavras.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2005

De Porto Alegre para Florianópolis ou de POA para Floripa

Hoje cheguei em Floripa (SC), uma ilha maravilhosa com 42 praias, muita gente bonita e um sol fantástico. Ainda me sinto redescobrindo o Brasil, agora com um novo olhar. E como está sendo belí­ssimo poder voltar e ver tudo e todos. Sou um cabrão sortudo mesmo. Sem comentários! De novo, posso me ausentar um pouquinho: com o sol e o Carnaval o blog, certamente, ficará em segundo plano!