sábado, 28 de janeiro de 2006
dicionário - parte II
Sucesso é quando você faz o que sempre fez só que todo mundo percebe.
Vaidade é um espelho onisciente, onipotente e onipresente.
Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.
Orgulho é uma guarita entre você e o da frente.
Ansiedade é quando faltam cinco minutos sempre para o que quer que seja.
Indiferença é quando os minutos não se interessam por nada especialmente.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Alegria é um bloco de Carnaval que não liga se não é fevereiro.
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Amizade é quando você não faz questão de você se emprestar pros outros.
(Mania de explicação - Adriana Falcão)
sexta-feira, 27 de janeiro de 2006
dicionário - parte I
Solidão é uma ilha com saudade de barco.
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Autorização é quando a coisa é tão importante que só dizer “eu deixo” é pouco.
Pouco é menos da metade.
Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.
Desespero são dez milhões de fogareiros acesos dentro da sua cabeça.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Agonia é quando o maestro de você se perde completamente.
Preocupação é uma cola que não deixa o que não aconteceu ainda sair de seu pensamento.
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.
Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.
Renúncia é um não que não queria ser ele.
(Mania de explicação - Adriana Falcão)
quarta-feira, 25 de janeiro de 2006
terça-feira, 24 de janeiro de 2006
o amor romântico por Paulinho da Viola
e tu és a mentira mais gostosa
de todas as mentiras que tu dizes
de todas as mentiras que tu dizes
domingo, 22 de janeiro de 2006
Solução simples
Nesse calor escaldante o melhor é se render: pegue uma boa água de coco, deite numa rede e ouça Paulinho da Viola.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2006
No caminho de casa, dentro do avião, olhando o céu
Era fim de tarde e me sentia levemente cansado e ansioso. Mas estava feliz: impossível não estar. Viajava de Desatino do Sul em direção à Desatino do Norte com direito a uma parada no Meio do Mundo. Queria muito reencontrar a família, os amigos e porque não, reencontrar a mim mesmo, uma parte de mim que sempre fica, e que a cada volta, acaricio. E não é assim? Deixamos um pouco de nós em cada lugar que passamos e, nesse momento, era preciso acalentar, ouvir (mais que falar), sentir e até brincar com esta parte minha que vive por lá, meio exilada e cheia de lembranças que vão da infância aos dezoito anos. E ele (e eu!) deve (devo) estar lá por isso: para guardar num baú antigo que era de meu avô estas lembranças. Quando quero, abro e as acesso. E elas têm diferentes formas e texturas, cores e tamanhos. Ai, essas lembranças do baú de meu avô… De vez em quando pego várias delas e sigo, me enrolando, me atrapalhando e – distraidamente – tropeçando em todas elas. E é tudo tão intenso. Nesta minha incursão tinha a expectativa de também reencontrar minhas histórias ancoradas em cada chão, cada casa, cada paisagem (cheia de mangueiras, acácias, dunas e praias), cada pedaço daquela cidade. Certamente farei isso. Ah, como farei… No meio do caminho – antes ainda de passarmos pelo Meio do Mundo – surge uma chuva que teima em bater na janela do avião: “tão lindo!”. E lembrei-me de Doravante que, em cima de Equinócio (seu cavalo fiel), dava a volta ao mundo à procura do amor perdido com uma chuva na cabeça. Uma espécie de Paco com fortes características quixotescas. Mas como todo avião que se preze voa por cima das nuvens, o nosso ziguezagueou o céu rumo às estrelas e à lua. E a fantasia tangenciou meu olhar, calmamente. E a chuva desapareceu de nosso percurso. Acordo: estamos no Meio do Mundo. E ainda faltam duas horas para chegarmos à Desatino do Norte.
PS.: Por favor, leiam o livro "Luna Clara e Apolo Onze" de Adriana Falcão.
Que mico!
É, sei que comecei 2006 quebrando promessas de um ano novo.
Mas e daí, as promessas não são pra serem quebradas?
Tudo bem. Vou fazer de tudo pra ir atualizando o blog.
Se não conseguir (juro que quero!) vou chutar o balde queridos leitores. Essa tese, ai essa tese. Mas vamos tentar mais um pouco... Se não der, por favor, me perdoem (e chorem tudo ouvindo "Esotérico" na voz de Gal e Bethânia). É lindo demais!
Mas e daí, as promessas não são pra serem quebradas?
Tudo bem. Vou fazer de tudo pra ir atualizando o blog.
Se não conseguir (juro que quero!) vou chutar o balde queridos leitores. Essa tese, ai essa tese. Mas vamos tentar mais um pouco... Se não der, por favor, me perdoem (e chorem tudo ouvindo "Esotérico" na voz de Gal e Bethânia). É lindo demais!
terça-feira, 10 de janeiro de 2006
Tô chegando!
Tô chegando gente. Tô chegando. Mais dois dias e estou em São Paulo. Com a rotina, o blog entra nos eixos. Mas comemoremos o primeiro ano deste blog. Foi domingo. Comemoremos o mês inteiro, afinal, o carnaval já começou. "Ô abram alas que eu quero passar, ô abram alas que que quero passar"...
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